Que o fosfato é essencial a
vida, todos nós sabemos. Sem fosfato não seria possível, por exemplo, a vida
vegetal o que desencadearia uma série de problemas, incluindo a quebra da
cadeia alimentar.
O problema do fosfato nos
aquários marinhos é que em geral, a quantidade presente é maior do que o
necessário fazendo assim que apareçam algas indesejáveis e inibição da
calcificação do esqueleto de corais e algas calcarias.
O fósforo esta presente na água
do mar de duas formas: ortofosfato e organofosforado.
O ortofosfato ou fosfato inorgânico
é facilmente absorvido pelas algas e com isso se torna um fator altamente
inibidor para o meio aquático. Além disso, o ortofosfato esta disponível também
nos objetos que estão no aquário como substrato e rochas, porém, de forma
blindada. O ortofosfato em alta escala
produz a eutrofização (processo através do qual um corpo de água
adquire níveis altos de nutrientes, especialmente fosfatos e nitratos,
provocando o posterior acúmulo de matéria orgânica em decomposição) o que gera
mais produção de algas.
Organofosforato
(Fosfato Orgânico)
O organofosforado podem ou não estar disponível para as algas.
Por serem bem complexos e estarem disponíveis em quase todas as células vivas.
Quando liberados, são facilmente retirados pelo skimmer. Por isso é necessário
skimmer eficientes, pois a retirada de fosfato orgânico pode reduzir a
quantidade de fosfato inorgânico.
O ortofosfato não pode ser
absorvido pela skimmer por não fazer interface com o ar, mas a retirada do organofosforatos
através do skimmer reduz a conversão do fosfato orgânico (organofosforatos) em
fosfato inorgânico (ortofosfato)
Os testes que usamos não medem
esse tipo de fosfato.
Quando se deseja saber quais
são os níveis de fosfato orgânico contido na água marinha, freqüentemente se
mede o valor do conteúdo nitrogenado como, por exemplo, o DON (Dissolved
Organic Nitrogen – Nitrogênio orgânico dissolvido), o PON (Particulate Organic
Nitrogen – Nitrogênio Orgânico Particulado). O mesmo para o fosfato, porém com
relação entre orgânicos dissolvidos esta na relação de 10x, explicando assim a
relação da tabela RedField.
Ortofosfato (Fosfato Inorgânico)
Para sabermos os valores desse
item, podemos lançar mão dos testes colorimétricos de qualidade que existem no
mercado para avaliarmos os valores acumulados do fosfato inorgânico. Embora
esses testes sirvam como um indicador, talvez o aquarista ao fazer a leitura
dos valores, não entenda como ele possui algas em seu sistema e os testes
acusem valores tão baixos. Isso se dá porque às vezes as algas estão consumindo
tão rápido o fosfato, que ele não se torna disponível no meio aquoso e por sua
vez, nos teste. Mas mesmo assim ele esta presente no aquário.
As concentrações do
ortofosfato variam bastante de local para local e de profundidade e hora do dia,
visto que as atividades biológicas seqüestram muito do fosfato disponível. O
interessante é que esses valores beiram aos incríveis 0,005 ppm e isso é um valor bem baixo e que por tanto,
inibidor para algas indesejáveis nos recifes de corais.
Em aquários, o ideal é que os
valores de fosfato inorgânico sejam abaixo de 0,03 ppm para inibir o
crescimento de algas. Claro que esse não é o único fator de crescimento de
algas, mas ele é bem atuante neste sentido. Valores maiores que isso, será um
fator altamente incrementador para a produção de algas.
Portanto, precisamos controlar
bem esse componente.
Continua no próximo post.
Até lá